José de Alencar

Obras em nosso time:

• Diva
• Senhora
• Ubirajara
• Iracema
• Lucíola

Origem 

José Martiniano de Alencar Júnior nasceu em 1 de maio de 1829 no sítio Aladiço Novo em Messejana, Ceará. Seu pai que tinha o mesmo nome do autor com exceção do Júnior, era um senador do império e sua mãe se chamava Ana Josefina. Em 1838, portanto aos 9 anos, foi morar no Rio de Janeiro indo de navio até lá através de Salvador.

Formação e início da carreira literária

Aos 10 anos, o autor ingressou no Colégio de Instrução Elementar. Por ser filho de senador, o então garoto presenciava encontros políticos, foi inclusive em sua casa que foram feitos planos sobre a maioridade de Dom Pedro II, decretada em 1840. Aos 14 anos, José de Alencar mudou-se para São Paulo onde concluiu os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, seguindo a tendência de muitos daquela época em serem advogados.

Aos 15 anos, depois de ver o sucesso da obra "A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo, decidiu que queria seguir pelo caminho da literatura e se tornar escritor de romances e passa a se dedicar a ler os autores mais influentes de sua época.

Em 1847, com 18 anos, Alencar começa seu primeiro romance intitulado "Os Contrabandistas", porém o escrito ficou inacabado. 1 ano depois, o autor voltou para o nordeste, mais precisamente para o estado de Pernambuco onde continuou a seguir a tendência da advocacia através da Faculdade de Direito de Olinda concluindo sua formação em 1851, aos 22 anos de idade. Após isso, o romancista voltou para São Paulo levando consigo os esboços de "A Alma de Lázaro" e "O Ermitão da Glória".

Ainda com 22 anos, José de Alencar volta para o Rio de Janeiro onde passa a exercer sua profissão de advogado. 3 anos depois, passa a fazer parte do Correio Mercantil, na seção "Ao Correr da Pena" onde comentava os acontecimentos sociais, estreias de peças teatrais, novas publicações e falava de política. Em 1855, se torna gerente e redator-chefe do "Diário do Rio" onde publicou no formato de folhetim sua primeira obra "Cinco Minutos". No ano seguinte, em 1857, foi a vez de "O Guarani" ser apresentado ao público e este fez um grande sucesso que logo saiu do folhetim para se tornar um livro.

Carreira política

Em 1858, o autor abandonou o jornalismo para assumir o cargo de Chefe de Secretaria do Ministério da justiça. 2 anos depois, com o falecimento de seu pai, entra efetivamente na política ao ser eleito como deputado do estado do Ceará e é reeleito por mais 4 vezes. Em uma volta à sua terra natal, conhece mais profundamente a lenda de Iracema e decide se inspirar nela para escrever um romance.

Mesmo envolvido fortemente com a política, José de Alencar não abandonou a literatura. Em 1864, casou-se com Georgina e teve 4 filhos, entre eles, Mário Alencar, que seguiu os passos do pai no caminho das letras. Alencar teve sua literatura atacada por jornalistas e críticos, mas estava no gosto da maioria do público, mesmo assim preferiu fazer publicações usando o pseudônimo Sênio e chegou a ser intitulado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional".

Morte

José de Alencar faleceu aos 48 anos, no dia 12 de dezembro de 1877, vítima da tuberculose, uma doença não incomum naquela época e de difícil tratamento.